CONTEÚDOS
DE 7º ANO 2º BIM 2020 SOROS E VACINAS ECOSSISTEMAS BRASILEIROS
Ecossistemas Brasileiros
No Brasil
encontramos uma megadiversidade biológica, que abrange diferentes ecossistemas
e faixas de transição ou fronteiras zonais com
espécies exclusivas dessas zonas. A disposição dos ecossistemas
brasileiros forma um grande patrimônio natural, em que se destacam os
ecossistemas costeiros, a Mata Atlântica, o Cerrado, o Pantanal, a Caatinga e a
Amazônia.
A
Floresta Amazônica também pode ser denominada equatorial, tropical, pluvial e
hileia. Ocupa as áreas de clima equatorial, que apresentam temperaturas altas o
ano todo e elevados índices pluviométricos.
É uma
floresta formada por espécies vegetais adaptadas a elevada umidade (ombrófila), que apresentam folhas largas
(latifoliadas) e que não caem totalmente durante o ano (perenes).
Trata-se
de uma formação vegetal densa ou fechada, com árvores de grande porte, cujas
copas se entrelaçam continuamente. Apresenta enorme diversidade de espécies
vegetais e animais, rica em lianas (cipós) e epífitas (plantas que sobrevivem
sobre outras plantas como orquídeas e bromélias).
Costuma-se
dividir a Floresta Amazônica em mata de igapó, mata de várzea e mata de terra
firme.
·
A mata
de igapó é permanentemente alagada e ocupa uma pequena parcela da
floresta; na superfície das águas, destacam-se as folhas da vitória-régia.
·
A mata
de várzea é periodicamente alagada e estende-se por 55 mil km2 da
Amazônia; a seringueira (Hevea brasiliensis) é típica dessa formação
vegetal.
·
A mata
de terra firme ou caaetê ocupa a maior parcela da Floresta Amazônica e não
é alagada. Apresenta árvores de grande porte, com destaque para a castanheira,
maçaranduba, acapu, cedro, caucho e sumaúma. É cortada por pequenos cursos
d’água denominados igarapés, que são fundamentais para o deslocamento dos povos
que vivem na floresta.
A
formação vegetal original estendia-se do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do
Sul, recobrindo principalmente os Mares de Morros. Em alguns trechos ocupava
extensas áreas dos planaltos e chapadas da bacia do Paraná (500 km do litoral).
Por
estender-se para a zona temperada sul (clima subtropical), é denominada azonal,
isto é, não ocupa uma zona específica ou definida.
Suas
principais características são semelhantes às da Floresta Amazônica.
Mata de Araucárias
ou dos Pinhais
É a
formação vegetal típica dos planaltos e serras onde predomina o clima
subtropical úmido, na Região Sul do
Brasil. Na
Região Sudeste (SP, RJ, MG e ES), o fator determinante para a sua presença é a
altitude (acima de 1 200 m), em decorrência da menor latitude.
Seu nome
é derivado da Araucaria angustifolia (pinheiro). A vegetação
com folhas em forma de agulha faz com que ela seja classificada como floresta
aciculifoliada. Dessa formação vegetal, era extraída a erva-mate, que
atualmente é cultivada, abaste- cendo as famílias que têm o hábito de tomar
chimarrão.
Está
localizada entre a Caatinga a leste, a Floresta Amazônica a oeste e o Cerrado
ao sul. Estende-se por vários estados nordestinos, com destaque para o Maranhão
e o Piauí. Nela, predominam palmáceas, em especial o babaçu e a carnaúba.
O lenho
do babaçu é utilizado na construção de casas e as folhas servem de cobertura. O
leite do babaçu e o óleo prestam-se à alimentação. De sua casca extrai-se o
carvão. O óleo é também utilizado na culinária e na composição de alguns
biocombustíveis. É necessário destacar a coleta do coco do babaçu, que é uma
importante atividade de inclusão social das “catadoras do coco-babaçu”.
A
carnaúba, cujo apelido é “árvore da vida”, fornece a cera que é extraída das
folhas, a qual, após ser purificada, é utilizada como impermeabilizante e na
produção de velas, papel-carbono e cápsulas de medicamentos.
Os Cerrados
pertencem ao bioma da Savana e são encontrados
principalmente no Brasil Central.
Apresentam
árvores de pequeno porte, espaçadas, com troncos e ramos tortuosos
(escleromorfismo oligotrófico), casca grossa, raízes profundas e um estrato
arbustivo herbáceo.
Durante o
período seco (inverno), são frequentes, nesse bioma, as queimadas e incêndios.
Os solos, bastante ácidos, são profundos e predominantemente arenosos e
argilo-arenosos.
Nos
campos, predomina a vegetação herbácea contínua, formada por gramíneas e
entremeada por matas galerias. Ocupam principalmente a região de relevo com
topos arredondados (coxilhas) na porção meridional do Rio Grande do Sul (pampa, campanha gaúcha, estância).
Na Região
Norte, os campos são denominados campos de hileia ou campos inundáveis e são
encontrados nos estados de Roraima, Amapá e Pará (Ilha de Marajó).
A
principal atividade econômica desenvolvida nos campos é a pecuária extensiva.
São
típicas do Sertão nordestino. Formadas basicamente por
espécies vegetais adaptadas a longos períodos de estiagem (seca), conhecidas
como plantas xerófilas. Em geral, as plantas da Caatinga perdem suas folhas
durante a seca para evitar a perda de água. Outras armazenam água. São
encontradas plantas arbóreas, mas predominam as arbustivas e herbáceas.
O
Pantanal é considerado a maior planície alagável do mundo. São as cheias e as
vazantes dos rios da região, como o Paraguai, São Lourenço, Taquari entre
outros, que conduzem a vida da região. É formado por um mosaico de formações
vegetais: matas, cerrados, campos, palmáceas, vegetação flutuante (vitó-
ria-régia) e xerófilas, daí a denominação Complexo do Pantanal.
Ecossistemas costeiros
Estendem-se
de maneira descontínua do litoral do Amapá, onde são expressivos, até Santa
Catarina.
Nos
bosques de mangues, existem árvores de médio porte e troncos finos, halófilos,
ou seja, que se adaptam à grande quantidade de sal, e higrófilos, que se
adaptam a ambientes úmidos. Apresentam raízes aéreas, como os pneumatóforos
(raízes respiratórias). A riqueza em matéria orgânica favorece a procriação de
peixes e crustáceos.
Por todo litoral brasileiro surgem cordões arenosos cobertos por sedimentos marinhos, denominados restingas. Quando estão junto a linha da praia, são recobertas por uma vegetação rasteira com um amplo sistema de raízes. Após essa faixa há uma tendência de adensamento da vegetação, aumentando a proliferação de bromélias, chegando a se formar uma floresta um pouco menos exuberante do que a Mata Atlântica.
Tipos de biomas no Brasil
1. Bioma Amazônia
O bioma Amazônia compreende uma área na
qual se encontra a maior floresta tropical do mundo. A Floresta Amazônica
estende-se por nove países da América do Sul, sendo sua maior porção localizada
no Brasil, ocupando cerca de 40% do território. É o maior de todos os biomas
brasileiros. Caracteriza-se pela presença de diversos ecossistemas e por deter
grande biodiversidade na fauna e na flora. Esse bioma compreende uma região
constituída pela maior bacia hidrográfica do mundo: a Bacia Amazônica.
Fauna e Flora
Os principais representantes da fauna são onça-pintada,
boto-cor-de-rosa, arara-azul, capivara, tatu e cobras, como a cascavel e a
jararaca. A flora é constituída por aproximadamente 30 mil espécies das quase
100 mil existentes na América Latina. Entre as espécies de plantas mais
conhecidas, destaca-se a vitória-régia, característica dos igapós.
Hidrografia
O bioma Amazônia compreende uma região que abrange a maior bacia
hidrográfica do mundo, a Bacia Amazônica, que detém 20% da água doce do
planeta. O Rio Amazonas é o principal e o maior em volume de água do mundo,
recebendo vários afluentes.
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Clima
Compreende uma região de clima quente e úmido, apresentando
umidade do ar elevada durante todo o ano. O índice pluviométrico também é
elevado, sendo mais de 2000 mm de chuvas provenientes da própria floresta.
Vegetação
A vegetação do bioma Amazônia divide-se em: mata de terra firme,
mata de várzea e mata de igapó. As matas de terra firme compreendem os estratos
mais altos, portanto, não são inundadas. As matas de várzea representam áreas
inundadas durante alguns períodos do ano. Já as matas de igapó constituem os
estratos mais baixos da vegetação e apresentam-se inundadas praticamente
durante todo o ano.
Solo
O solo da Amazônia é arenoso e apresenta uma camada de húmus
resultante da deposição de floras, frutos e restos de animais. Apesar disso,
apenas cerca de 14% do território pode ser considerado fértil para práticas
agrícolas.
Leia também: Redução do desmatamento na Amazônia
O bioma Amazônia representa um conjunto de diferentes ecossistemas e ocupa
grande parte do território brasileiro.
2. Bioma Cerrado
O Cerrado é considerado o
segundo maior bioma da América Latina e do Brasil. Conhecido como savana
brasileira, apresenta grande biodiversidade e compreende uma área de elevado
potencial aquífero. Esse bioma caracteriza-se por apresentar diversas
fitofisionomias em virtude dos vários contatos geográficos que possui com
outros biomas. Ao norte, limita-se com o bioma Amazônia; a leste e ao nordeste,
com a Caatinga; ao sudoeste, com o Pantanal; e a sudeste, com a Mata Atlântica.
Fauna e flora
O Cerrado possui uma grande variedade biológica. Apresenta cerca
de 837 espécies de aves, 185 espécies de répteis, 194 espécies de mamíferos e
150 anfíbios. Os principais representantes da fauna do Cerrado são tucano,
tamanduá-bandeira, lobo-guará, onça-parda, veado-campeiro, entre outros. Apesar
da grande variedade, a fauna do Cerrado não é totalmente conhecida,
principalmente em relação ao grupo de invertebrados.
Em relação à flora, estudiosos estimam que há cerca de dez mil
espécies de vegetais que já passaram por identificação. Muitas espécies são
usadas para fins medicinais e para alimentação. São representantes da flora do
Cerrado: ipê, cagaita, angico, jatobá, pequi, barbatimão, entre outros.
Hidrografia
O Cerrado abriga nascentes dos principais rios brasileiros,
compreendendo, segundo o IBGE, nove das doze bacias hidrográficas existentes no
Brasil. Além de abrigar tantas bacias hidrográficas, o Cerrado localiza-se numa
região em que existem grandes aquíferos, como o Guarani e o Bambuí. Por isso,
esse bioma é considerado berço das águas.
Clima
O clima do bioma Cerrado é predominantemente tropical sazonal,
apresentando duas estações bem definidas: invernos secos e verões chuvosos. O
período de seca tem início no mês de maio e termina no mês de setembro. Já o
período chuvoso inicia-se em outubro e finaliza-se em abril. A média
pluviométrica é de 1500 mm, e a temperatura média anual é de 22ºC, variando ao
longo desses períodos.
Vegetação
O Cerrado apresenta vegetações distribuídas em formações
savânicas, formações florestais e formações campestres. As espécies variam
entre plantas arbóreas, herbáceas, arbustivas e cipós, distribuindo-se entre
estrato lenhoso e estrato herbáceo. Além das árvores de troncos tortuosos, que
podem apresentar até 20 metros, há também cactos e orquídeas no Cerrado. A
vegetação desse bioma apresenta tonalidades de verde, amarelo e tons amarronzados
ocasionados pela descoloração causada pela incidência solar.
Solo
Os solos do Cerrado são antigos (Período Terciário) e
caracterizam-se, principalmente, pela profundidade e drenagem. São bastante
porosos e permeáveis, propiciando o processo de lixiviação (processo erosivo
provocado a partir da lavagem da camada superficial do solo). Apresentam cores
avermelhadas e dividem-se em latossolos e podzólicos. Os latossolos são
avermelhados, possuem acidez e são pobres em nutrientes. Já os podzólicos ou
argissolos apresentam coloração mais escura e são propícios a sofrer processos
erosivos.
Saiba mais: Causas do desmatamento do bioma Cerrado
A vegetação do Cerrado é composta por árvores de troncos tortuosos e raízes
profundas.
3. Bioma Caatinga
O bioma Caatinga compreende cerca de 11% do
território brasileiro, ocupando boa parte da Região Nordeste até a porção norte
de Minas Gerais. O nome dado a esse bioma tem origem indígena e significa
“floresta branca”, denominação que remete às características dessa vegetação ao
longo da estação seca. Considerado o bioma mais seco, a Caatinga apresenta
baixos índices pluviométricos.
Fauna e flora
Segundo alguns estudiosos, a Caatinga é um bioma exclusivo do
Brasil, por isso, a maioria das suas espécies é endêmica (ocorre somente numa
determinada área). Entre os biomas brasileiros, é o que possui a botânica menos
conhecida. As espécies mais características da sua flora são mandacaru,
juazeiro, umbu, xiquexique, entre outras. A flora varia de acordo com
características locais, como índice pluviométrico e particularidades do solo.
A fauna da Caatinga é rica em biodiversidade, contando com cerca
de 178 mamíferos, 591 aves, 177 espécies de répteis, 79 anfíbios, 241 peixes e
221 espécies de abelhas. Os principais representantes desse bioma são
jacaré-do-papo-amarelo, jiboia, ararinha-azul, cágado e soldadinho-do-araripe.
Hidrografia
A Caatinga é caracterizada por ter rios intermitentes, ou seja,
rios que secam durante um período do ano. Se comparados aos intermitentes, são
poucos os rios perenes nesse bioma. Um exemplo deles é o São Francisco. Os rios
da Caatinga nascem nas cabeceiras das serras e chapadas. O lençol freático da
região abrangida por esse bioma possui baixo nível de água em virtude da
escassez de chuvas e do solo pouco permeável.
Clima
O bioma Caatinga compreende a região em que predomina o clima
semiárido, o qual define as principais características desse bioma. Os níveis
pluviométricos atingem cerca de 800 mm ao ano. O clima semiárido possui dois
períodos, um de chuva e um de seca. Nos períodos chuvosos, os níveis
pluviométricos alcançam os 1000 mm por ano. Já nos períodos de seca, esse
índice cai para 200 mm por ano. A temperatura média anual fica entre 25º C e
30º C. Nessa região, ao longo do período de seca, algumas áreas são castigadas
pela forte insolação.
Vegetação
A vegetação desse bioma apresenta características específicas,
como queda das folhas durante o período de seca. Geralmente, as árvores são
baixas e tortuosas, e a paisagem é composta por arbustos e cactos. Entre as
principais características está o xeromorfismo, ou seja, adaptação das plantas
para sobrevivência em regiões com pouca disponibilidade de água e clima seco
por meio, por exemplo, de mecanismos de armazenamento de água. As raízes da
vegetação, normalmente, cobrem o solo para conseguirem captar o maior volume de
água possível.
Solo
Os solos da Caatinga variam de rasos a moderadamente profundos.
São pouco férteis e, geralmente, ricos em minerais, porém pobres em matéria
orgânica. São também arenosos e pedregosos, retendo pouca água. A coloração
varia de tons de vermelho à cor cinza.
Leia mais: Causas do desmatamento da Caatinga
A vegetação da Caatinga caracteriza-se pela perda das folhas no período de
seca.
4. Bioma Mata Atlântica
O bioma Mata Atlântica ocupa cerca de 13% do
território brasileiro e compreende a região costeira do Brasil, indo dos
estados do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Esse bioma é composto por
variados ecossistemas florestais e por uma biodiversidade semelhante à do bioma
Amazônia. Hoje resta menos de 10% da mata nativa, que sofre com o intenso
desmatamento, responsável pela extinção de diversas espécies desse bioma.
Fauna e flora
A fauna do bioma Mata Atlântica é semelhante à do bioma Amazônia,
contando com aproximadamente 850 espécies de aves, 370 espécies de anfíbios,
200 espécies de répteis, 270 espécies de mamíferos e 350 espécies de peixes.
Cerca de 39% dos mamíferos desse bioma são endêmicos. Os principais
representantes da fauna são micos, tamanduás, tucanos, jaguatiricas, rãs,
onças-pintadas, bichos-preguiça, entre outros.
A flora da Mata Atlântica conta com aproximadamente 20 mil
espécies de vegetais, das quais 8 mil existem apenas nessa região. Cerca de 55%
das espécies arbóreas e 40% das espécies não arbóreas são endêmicas, existindo
apenas nesse bioma. Considerada uma das florestas com maior biodiversidade, a
Mata Atlântica conta com o recorde de plantas lenhosas.
Hidrografia
A Mata Atlântica compreende a região onde se localizam sete bacias
hidrográficas que se alimentam dos rios São Francisco, Paraíba do Sul, Paraná,
entre outros. As águas dessa região abastecem cerca de 110 milhões de
brasileiros.
Clima
O clima da Mata Atlântica é o tropical úmido. Apresenta
temperaturas elevadas, altos índices pluviométricos e elevada umidade do ar,
com escassez de períodos de estiagem. Em virtude de sua extensão, esse bioma
também apresenta climas como tropical de altitude (Região Sudeste) e
subtropical (Região Sul).
Vegetação
A vegetação do bioma Mata Atlântica é diversificada em decorrência
de sua extensão. Apresenta vegetações ombrófilas (vegetações de folhas largas e
perenes) e estacionais. É composta por árvores de médio e grande porte, cujas
copas tocam-se, caracterizando uma formação contínua de florestas que podem
alcançar até 60 metros de altura.
Solo
Os solos que compõem a Mata Atlântica são geralmente rasos e
ácidos, extremamente úmidos e pobres em decorrência da pouca incidência solar,
que é impedida de alcançar a superfície em virtude do estrato arbóreo que
compõe esse bioma. A pouca profundidade do solo e os altos níveis
pluviométricos propiciam processos erosivos e deslizamentos nas partes mais
altas.
Leia também: Como recuperar a Mata Atlântica?
A vegetação da Mata Atlântica é composta por árvores de médio e grande porte,
que formam uma floresta contínua.
5. Bioma Pantanal
O bioma Pantanal é considerado uma
das maiores planícies alagadas do mundo, compreendendo os estados do
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. É o menor bioma em extensão territorial do
Brasil, ocupando cerca de 2% do território nacional. É um bioma com grande
biodiversidade, que vem sendo ameaçada pela ação antrópica. Esse bioma sofre
influência de outros biomas, como Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica.
Fauna e flora
A fauna do bioma Pantanal apresenta uma característica incomum:
espécies de outros biomas que se encontram ameaçadas aglomeram-se na região do
Pantanal. Sua fauna é composta por 132 espécies de mamíferos, 463 espécies de
aves, 113 espécies de répteis, 41 espécies de anfíbios e 263 espécies de
peixes. Destacam-se, nesse bioma, o tuiuiú, o cervo-do-pantanal, a arara-azul,
o jacaré-do-pantanal, entre outros.
A flora do Pantanal conta com cerca de duas mil espécies de
plantas segundo a Embrapa. Muitas dessas espécies possuem fins medicinais. A
maioria dessas plantas provém de outros biomas, tendo, portanto, raras espécies
endêmicas. São exemplos da flora do Pantanal: vitória-régia, aguapé, orquídea,
palmeira, figueira, entre outras.
Hidrografia
O Pantanal compreende a bacia hidrográfica do Rio Paraguai. Os principais
rios que alimentam a rede hidrográfica da região são: Rio Paraguai, Rio Cuiabá,
Rio São Lourenço, Rio Miranda, entre outros. No período das cheias, boa parte
da planície pantaneira alaga-se, fazendo com que o solo não seja capaz de
absorver toda a água.
Clima
O clima predominante no Pantanal é o tropical com características
de continentalidade. Apresenta períodos de seca e períodos de chuva. As
temperaturas médias ficam em torno de 25º C, contudo há uma grande amplitude
térmica, com temperaturas que podem alcançar máximas de 40º C e mínimas
próximas a 0º C.
Vegetação
A vegetação do bioma Pantanal é muito diversificada em decorrência
da grande influência de outros biomas e também por conta do encharcamento do
solo durante um período do ano. É composta por matas, cerradões, savanas,
campos inundáveis (brejos). O curso dos rios apresenta matas ciliares (floresta
mais densa) que os acompanham. Normalmente, a vegetação é aberta e varia
conforme o relevo. Nos terrenos alagados, é possível encontrar espécies
aquáticas e, raramente, tapetes de gramíneas.
Solo
O solo que constitui o bioma Pantanal é originado da deposição de
fragmentos rochosos provenientes de áreas de maior altitude. Apresenta baixa
impermeabilidade e reduzida fertilidade. Isso ocorre porque esse solo apresenta
excesso de água, o que dificulta a decomposição da matéria orgânica. No período
de seca, os solos apresentam uma espécie de areia composta por restos de
animais e vegetais, o que lhes dá um pouco de fertilidade.
Saiba mais: Animais do pantanal
A vitória-régia é uma espécie típica da vegetação do Pantanal.
6. Bioma Pampa
O bioma Pampa, conhecido também como Campos Sulinos, ocupa cerca
de 2% do território brasileiro, abrangendo o território do estado do Rio Grande
do Sul. O nome “pampa” tem origem indígena e designa uma região plana. A
paisagem desse bioma é composta, em sua maioria, por campos nativos. O Pampa
apresenta grande biodiversidade.
Fauna e flora
A fauna do bioma Pampa é bastante diversificada, contando com
cerca de 500 espécies de aves, 100 espécies de mamíferos e uma grande variedade
de insetos, que contribui para a existência de várias espécies de aves.
Aproximadamente 40% das espécies são endêmicas. Os principais representantes da
fauna são ema, perdiz, pica-pau, joão-de-barro, veado-campeiro, preá, entre
outros.
A flora desse bioma conta com, aproximadamente, três mil espécies
vegetais, com predominância de gramíneas, que alcançam cerca de 450 espécies. É
possível encontrar também espécies de leguminosas e cactáceas. Como principais
exemplos da flora, podemos citar: capim-forquilha, grama-tapete,
babosa-do-campo, trevo-nativo, amendoim-nativo, entre outros.
Hidrografia
O Pampa compreende uma área constituída por duas bacias
hidrográficas, a bacia hidrográfica Costeira do Sul e a bacia hidrográfica do
Rio da Prata. Os principais rios são: Rio Uruguai, Rio Santa Maria, Rio da
Prata, Rio Jacuí, Rio Ibicuí e Rio Vacacaí. A hidrografia desse bioma apresenta
elevado potencial hidrelétrico e é extremamente navegável.
Clima
O clima característico do bioma Pampa é o temperado do tipo
subtropical frio, apresentando temperaturas médias em torno de 19º C. Esse
bioma apresenta uma particularidade: as quatro estações são bem definidas.
Vegetação
A vegetação do Pampa ou dos Campos Sulinos é constituída,
basicamente, por vegetação campestre normalmente uniforme, como as gramíneas.
Aparenta um tapete herbáceo baixo que pode chegar até 50 centímetros. Há dois
tipos de fitofisionomias: campos limpos e campos sujos. Os campos limpos
caracterizam-se por não apresentarem arbustos, ao contrário dos campos sujos,
onde esses arbustos são encontrados.
Solo
Os solos do Pampa são, geralmente, pouco férteis e propícios à
erosão. Em virtude da prática agrícola (monocultura) realizada nessa área e da
pecuária, uma grande parte desse bioma foi devastada, intensificando os
processos erosivos, tornando os solos arenosos.
O Bioma Pampa é caracterizado por ter uma vegetação rasteira composta por
gramíneas e arbusto
O Pantanal é um dos biomas brasileiros com maior exuberância e biodiversidade
SITES PESQUISADOS
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/biomas-brasileiros.htm
https://www.todamateria.com.br/ecossistemas-brasileiros/
SUGESTÕES
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/ecossistema
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/biomas-brasileiros.htm
https://planetabiologia.com/os-principais-ecossistemas-brasileiros/
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"Pedra no caminho?
Guardo todas,
um dia vou construir um castelo..."
Fernando pessoa.