História do
teatro
Arte-educadora,
fotógrafa e artista visual
A história do
teatro teve início na Grécia Antiga, em torno do século VI a.C.
Nessa época, eram
realizados rituais em louvor ao deus mitológico Dionísio, divindade
relacionada à fertilidade, vinho e diversão.
Assim, o teatro
surge nesse contexto e em consequência dessas festas.
O teatro na pré-história
Apesar de ser um
consenso que o teatro ocidental teve origem na Grécia Antiga, é importante
frisar que essa manifestação já era presente na humanidade desde tempos
remotos, mesmo que de forma rudimentar.
Na pré-história, os
seres humanos possuíam maneiras distintas de comunicação, e a imitação era
uma delas.
Muito
provavelmente, os homens das cavernas desenvolveram gestos que se assemelhavam
aos animais. Além disso, encenavam caçadas para contar aos seus pares como as
situações ocorreram.
Assim como a dança,
a música e o desenho, a linguagem teatral também teve sua importância na época
pré-histórica.
O teatro na Grécia Antiga
As celebrações ao
Deus Dionísio duravam vários dias e ocorriam na época da colheita, como forma
de agradecimento pelo alimento e pelo vinho.
A participação dos
cidadãos era intensa e havia uma espécie de procissão, que levava o nome de
"ditirambo". Depois surgiu o "coro", um conjunto de pessoas
que cantava e dançava homenageando Dionísio.
Até que
aparece Téspis, uma figura de grande importância para o surgimento
do teatro ocidental. Segundo consta, esse homem participava de um desses
rituais quando, em dado momento, resolveu vestir uma máscara e dizer que ele
era o próprio deus Dionísio, iniciando assim um diálogo com o "coro".
A ousadia de tal
atitude fez com que Téspis fosse reconhecido como o "criador do
teatro" e primeiro ator e produtor teatral.
Mais tarde, essa
linguagem artística foi evoluindo e influenciou fortemente o teatro romano e
outras culturas.
Do ponto de vista
arquitetônico, a estrutura dos primeiros teatros era parecida. As apresentações
eram feitas ao ar livre, em construções de formato semicirculares.
Havia um espaço
para as representações, chamado de orquestra. O lugar para acomodar
o público era a arquibancada, construída em encostas montanhosas, o
que facilitava a acústica.
Já o palco era
o local onde os atores se preparavam para a apresentação e guardavam os
figurinos e objetos cenográficos.
Teatro de Epidauro, datado do séc
IV a.C., na Grécia. Ele acomodava cerca de 14 mil pessoas
Para complementar
seus estudos, leia: Teatro Grego.
O teatro na Roma Antiga
O teatro romano
teve enorme influência do teatro grego, assim como outras manifestações
culturais desse povo. A cultura etrusca também foi um fator relevante para o desenvolvimento
da arte teatral romana.
Entretanto, os
romanos trouxeram algumas modificações nessa linguagem. A mais significativa
delas é no que se refere à estrutura arquitetônica, que antes era feita em
encostas de morros pelos gregos e depois passou a incorporar arcos e abóbodas
pelos romanos.
Os temas e
objetivos do teatro romano também se modificaram um pouco, com a valorização de
mais entretenimento (como lutas de gladiadores e animais) e menos assuntos
religiosos.
O teatro Medieval
Depois que o
Império Romano declinou, teve início a Idade Média, que compreende os séculos V
ao XV.
Na época medieval,
durante muitos anos, a linguagem teatral foi banida na Europa. Isso porque era
considerada pela Igreja Católica como uma atividade pecaminosa, ressurgindo
apenas no século XII.
Assim, a finalidade
do teatro medieval era a divulgação dos preceitos religiosos e histórias
bíblicas, sendo encenado por membros do clero.
Para se aprofundar
mais, leia: Teatro Medieval.
Surgimento do teatro no Brasil
No Brasil, a origem
do teatro está relacionada à chegada dos jesuítas no século XVI e seu empenho
em catequizar a população, tanto os índios quanto os colonos.
Dessa forma, os
padres se utilizavam dessa expressão para transmitir ensinamentos da igreja
católica.
Uma das pessoas
mais notáveis nesse contexto foi o padre Anchieta, que dedicou-se fortemente ao
chamado teatro de catequese.
Leia mais sobre o
assunto: História do teatro no Brasil
O teatro na atualidade
Hoje em dia, essa
maneira de se expressar artisticamente possui características bastante diferentes
daquelas que a definiam nos primórdios.
Cena de teatro em uma casa de
espetáculos. Na imagem, encenação de Morte e Vida Severina, de João
Cabral de Melo Neto
A manifestação
evoluiu ao longo da história, passando a ser apresentada também em locais
fechados, o que acabou por restringir e elitizar seu público.
As formas de
atuação se transformaram e o objetivo dos espetáculos também, sendo possível
encontrar várias vertentes teatrais atualmente.
Curiosidade
Teatro é uma
palavra que tem origem no termo grego theatron. Seu
significado está relacionado a um conjunto de espetáculos teatrais e ao lugar
onde essas apresentações ocorrem.
Para saber mais
sobre temas relacionados, leia:
·
Artes cênicas: definição, gêneros e formação do
artista
Referências
Bibliográficas
História da Arte,
de Graça Proença. Editora Ática
Teatro Grego
Laura Aidar
Arte-educadora, fotógrafa e artista visual
O Teatro
Grego foi uma manifestação artística muito importante no
desenvolvimento da cultura grega. Além disso, serviu de influência e inspiração
para outros povos da antiguidade, sobretudo, os romanos.
Vale lembrar que o termo teatro (theatron), do grego, significa “local onde
se vê” ou “lugar para olhar”.
O teatro grego era formado por diversos elementos, cenários e
figurinos. Além das da presença de júris, eles apresentavam músicas, danças e
mímicas.
Para os gregos, ir ao teatro representava um grande
acontecimento, que aos poucos, foi tomando conta da vida social dos habitantes.
Ilustração
de como possivelmente era a apresentação de uma peça grega
Origem do Teatro Grego
O teatro grego teve início em Atenas, na Grécia, por volta de
550 a.C. e surgiu a partir das celebrações realizadas principalmente para o
Deus Dionísio.
Essa era uma divindade da mitologia grega relacionada às festas,
fertilidade e vinho.
Nas celebrações Dionisíacas, que duravam cerca de uma semana, as
pessoas bebiam, cantavam e dançavam.
Com o passar do tempo, as festividades foram evoluindo em
organização e elaboração, chegando ao que hoje conhecemos como o teatro com
enredo, atores, plateia, encenações, etc.
Segundo consta, o primeiro homem a realizar uma encenação se
chamava Téspis.
Ele é considerado o primeiro ator e produtor teatral do Ocidente.
Inúmeros festivais de teatro fizeram parte da Grécia Antiga e
eram apresentados durante o dia todo e muitos duravam vários dias.
Veja também: Mitologia Grega
Máscaras gregas
As máscaras do
teatro grego possuíam diversas expressões faciais
As máscaras eram instrumentos essenciais no figurino dos atores,
sendo muito utilizadas no teatro grego.
As mulheres não participavam das atuações, pois não eram
consideradas cidadãs. Dessa forma, as máscaras, antes utilizadas como artefatos
ritualísticos, podiam representar personagens de ambos os sexos.
Veja também: Grécia Antiga
Arquitetura do teatro grego
Antigo Teatro na
Acrópole Grega, Atenas
A arquitetura dos teatros gregos possuía como característica
marcante as construções ao ar livre, chamadas de teatros de arena.
Em forma de meia-lua, para uma melhor acústica, eles possuíam
uma grande arquibancada para a plateia.
Na época clássica, diversos teatros foram construídos na Grécia.
Merecem destaque o Teatro de Delfos e o Teatro de Dionísio.
Veja também: Arquitetura Grega
Gêneros do teatro na Grécia Antiga
Tragédia Grega
Do grego, o termo tragédia (tragoedia)
é formado pelas palavras, “tragos”
(bode) e “oidé”,
(canção).
Seu significado é “canção ao bode”, pois nas celebrações a
Dionísio (Canto ao Bode), um bode era sacrificado para oferenda e, além disso,
os homens se vestiam de sátiros.
É o gênero teatral mais antigo de todos, que se baseava nas
histórias trágicas e mitológicas, como o medo, a morte, o terror.
Ou seja, a tragédia é um gênero artístico que representa uma
peça teatral (ou poema) com um final infeliz.
As tragédias gregas eram compostas geralmente por cinco atos.
Uma das importantes características que a diferenciam da comédia eram os
personagens.
Assim, na tragédia os personagens eram deuses, reis e heróis,
enquanto na comédia eram homens comuns.
Os mais importantes dramaturgos gregos desse gênero foram:
Ésquilo, Sófocles e Eurípides.
Vale lembrar que, diferente dos jurados nas Comédias, os júris
das tragédias eram formados por cinco pessoas importantes da aristocracia.
Veja também: Tragédia Grega
Comédia Grega
Do Grego, o termo comédia (komoidia),
significava um “espetáculo divertido”.
Trata-se, portanto, de um gênero teatral crítico baseado em
sátiras, e que abordava diversos aspectos da sociedade grega de maneira cômica.
Vale lembrar que ela era considerada pelos clássicos como um
gênero menor em relação à tragédia.
Os júris da comédia não eram aristocratas, como na tragédia.
Dessa forma, eles eram formados por três pessoas da plateia.
Para o filósofo grego Aristóteles, a tragédia era um gênero
maior, que representava os homens "superiores". Já a comédia
representava os fatos cotidianos e, por isso, era apresentada por homens
"inferiores", ou seja, os cidadãos da Pólis.
Dos dramaturgos desse gênero, destaca-se Aristófanes.
Veja também: Comédia Grega
Peças teatrais gregas
Muitas peças teatrais gregas são representadas até hoje por
causa da influência que tiveram no mundo. São elas:
· Édipo
Rei,
de Sófocles
· Prometeu Acorrentado, de Ésquilo
· As Troianas, de Eurípides
· As Vespas, de Aristófanes
Veja também: Gênero Dramático
Teatro Romano
O teatro romano, assim como toda a cultura da Roma Antiga,
sofreu grande influência do teatro grego, desenvolvendo-se também na época
clássica.
Da mesma maneira, o teatro de Roma desempenhou um papel
importante na sociedade, o qual influenciava a política e as crenças da
população.
Dentre os dramaturgos romanos destacam-se Plauto, Terêncio e
Menandro.
Veja também: Período Clássico
Curiosidade sobre o Teatro
A máscara da Tragédia e da Comédia são elementos muito
disseminados no teatro e se referem a sua origem e aos principais gêneros na
Grécia Antiga.
Elas são utilizadas como símbolo das artes cênicas.
Você também pode se interessar:
· História do Teatro: origem e evolução
ao longo dos tempos
Teatro
Medieval
Daniela Diana
Professora licenciada em Letras
O teatro medieval é aquele que foi produzido na era
medieval (século V ao XV). Durante esse período, o teatro medieval pode ser
classificado em duas vertentes:
· o teatro sacro,
relacionado aos temas religiosos;
· o teatro profano,
tal qual as farsas e os jograis, com os temas de caráter popular, cômico e
moralizante.
Após a queda do Império Romano, a Igreja Católica controlava a vida dos
cidadãos e o teatro foi considerado uma arte profana e satírica e, por esse
motivo, foi banido pela Igreja até o século XII, quando ele começa a ressurgir
na Europa.
Origem do teatro medieval
Representação de
Teatro Medieval
O teatro medieval tem início a partir do século XII e permaneceu até o
século XV, com a chegada do período renascentista.
Sua origem está relacionada com as celebrações realizadas a favor das
festividades religiosas seja a páscoa, o natal, dentre outros.
Eram originalmente textos encenados pelos membros clericais após as
missas ou procissões e tinham como temas as passagens bíblicas, os milagres, os
mistérios, os sermões, os autos sacramentais, as biografias de santos e os
dramas litúrgicos. Muitos deles eram apresentados em latim.
Essa característica está intimamente relacionada com o contexto
histórico de dominação da Igreja Católica e do aspecto filosófico do medievo,
donde o teocentrismo era o conceito chave, ou seja, Deus era o centro do mundo,
ele que regia todo o universo.
Mais tarde que o teatro medieval foi se adaptando às mudanças e
incluindo temas mais abrangentes, ou seja, com apresentações sobre a vida e os
costumes dos seres humanos, os quais ofereciam um caráter didático e
moralizante.
Diferentemente de sua origem, em que as breves encenações eram
realizadas dentro das igrejas, o teatro medieval passou a ser desenvolvido nos
ambientes públicos, por exemplo nas praças. Os personagens passaram a ser
pessoas comuns e não somente membros do clero.
Além disso, inicialmente as peças eram breves e somente apresentavam
passagens religiosas; já com o passar do tempo, o teatro medieval foi se
aperfeiçoando e as encenações podiam ser apresentadas durante dias.
Saiba mais sobre o contexto histórico no artigo: Idade Média.
Principais Características: Resumo
Embora a era medieval seja um longo período da história (século V ao
século XV) que foi aos poucos se modificando, as principais características do
teatro medieval foram:
· Tradição oral
· Caráter popular
· Espaço cênico:
igrejas e praças
· Temas sagrados e
profanos
· Usos de máscaras
· Personagens
alegóricos
· União da dança,
música e teatro
Exemplo de Teatro Medieval
Ainda que muitos textos medievais sejam orais e, portanto, foram
perdidos com o passar do tempo, algumas peças desse período sobreviveram.
Assim, para compreender melhor a linguagem do teatro medieval, segue
abaixo um trecho da peça popular escrita por volta do século XIII pelo
dramaturgo francês Rutebeuf intitulada “O pregão das Ervas” (em francês
“Le Dit de l'Herberie”)
Parte I
“Respeitáveis
senhores, que me dais ouvidos
Grandes e pequenos, jovens ou vividos
Vós fostes pela sorte favorecidos
Pois ireis, agora, a verdade encontrar
Sabendo que este médico não vos pode enganar
Uma vez que por vós mesmos podeis comprovar
O poder destas ervas antes do fim
Vamos fazendo a roda em torno de mim
Sem ruído, em silêncio, é bem assim...
Eu, aqui, sou é pesquisador
E tenho servido a muito imperador
Até mesmo lá do Cairo, o senhor
Muito poderoso, ele faz questão
de me contratar todo verão
Pagando para mim um salariozão.”
Para ampliar seus conhecimentos sobre o tema:
Veja também
- História
do teatro
- Arte Medieval
- Idade Média: o que foi,
características e acontecimentos
- Linguagem
Teatral
- William Shakespeare
- Teatro Renascentista
- Tipos de Arte
- O que é Arte?
Leitura Recomendada
- Teatro Grego
- História
do teatro
- Commedia
Dell’Arte
- Tragédia
Grega
- História do Teatro no Brasil
- Comédia Grega
Ariano
Suassuna
Daniela Diana
Professora licenciada em Letras
Ariano
Suassuna foi
escritor e dramaturgo brasileiro, autor do Auto da Compadecida, considerada sua obra prima que foi
adaptada para o cinema e televisão.
Além
de escritor renomado e um dos maiores do Brasil, Ariano foi professor e
idealizador do Movimento Armorial que valorizou as artes populares.
Nesse
movimento, os artistas tinham o intuito de criar uma arte erudita a partir de
elementos da cultura popular do Nordeste.
Suassuna
foi ocupante da cadeira nº 32 na Academia Brasileira de Letras (eleito em
1989). Também foi membro da Academia Pernambucana de Letras (a partir de 1993)
e da Academia Paraibana de Letras (eleito em 2000).
Biografia
Ariano
Vilar Suassuna nasceu em 16 de junho de 1927, na cidade de João Pessoa,
Paraíba.
Nasceu
no seio de uma família abastada, visto que seu pai, João Suassuna, era
presidente do Estado, cargo que mais tarde passa a ser de governador.
Com o
assassinato de seu pai em meio a Revolução de 30, a família muda-se para
Taperoá e mais tarde para Campina Grande, ambas cidades na Paraíba.
Na
adolescência foi viver no Recife, capital de Pernambuco. Ali, foi estudante do
curso de Direito, na Universidade Federal de Pernambuco formando-se em 1950.
Durante
seus anos na graduação, escreve sua primeira peça de teatro “Uma Mulher Vestida de Sol” e com ela
recebeu o prêmio Nicolau Carlos Magno.
Ao
lado de Hermilo Barbosa Filho funda o “Teatro do Estudante de Pernambuco”. Essa
criação foi a chave para escrever mais peças, as quais foram encenadas no
local.
Chegou
a trabalhar na área de advocacia, no entanto, não deixou de lado sua paixão
pela escrita. Assim, continuou escrevendo peças e romances.
Casou-se
com Zélia de Andrade Lima Suassuna em 1957 e com ela teve seis filhos.
Casamento de Ariano Suassuna e Zélia Suassuna
Suassuna
como Professor
De
volta ao Recife começou a lecionar “Estética” na Universidade Federal de
Pernambuco, a partir de 1956.
Ainda
nessa profissão continuou atuando na dramaturgia e três anos mais tarde funda o
"Teatro Popular do Nordeste", também com o apoio de Hermilo Barbosa
Filho.
Permaneceu
atuando como professor durante anos e em 1994 aposentou-se pela Universidade Federal
de Pernambuco (UFPE).
Aula-espetáculo de Ariano Suassuna na abertura da Feira Nacional
do Livro de Ribeirão Preto (2013)
Suassuna
e o Movimento Armorial
Muitas
de suas obras estiveram voltadas para a literatura popular.
Ligado
a esses temas, Suassuna foi membro fundador do Conselho Federal de Cultura,
cargo que ocupou de 1967 a 1973.
Paralelo
à isso, fez parte do Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco entre os anos
de 1968 e 1972.
De
1969 a 1974 atuou como diretor do Departamento de Extensão Cultural da UFPE.
A
partir de 1970, encabeçou o “Movimento Armorial”, com foco nas expressões populares. A ideia central era
trazer à tona o folclore e as artes populares e conceder um valor erudito aos
temas.
Esse
movimento inclui diversas manifestações artísticas como a música, a dança, as
artes plásticas, a literatura, o teatro, o cinema, etc. Segundo ele:
“Sou a favor da internacionalização da cultura, mas
não acabando as peculiaridades locais e nacionais.”
Prêmios
Ariano Suassuna recebe o colar da escritora Rachel de Queirós na
ABL (Academia Brasileira de Letras) em São Paulo.
Suassuna
recebeu o Prêmio Nacional de Ficção em 1973 e o prêmio da Fundação Conrado
Wessel (FCW) em 2008.
Pelo Auto da Compadecida ganhou medalha
de ouro da Associação Brasileira de Críticos Teatrais.
Recebeu
o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Rio Grande do
Norte.
Também
o recebeu das Universidades: Universidade Federal da Paraíba (2002);
Universidade Federal Rural de Pernambuco (2005); Universidade de Passo Fundo
(2005); e Universidade Federal do Ceará (2006).
Morte
Ariano
Suassuna faleceu em 23 de julho de 2014, no Recife, Pernambuco, vítima de uma
parada cardíaca.
Isso
ocorreu depois de ter sido internado com um AVC (acidente vascular cerebral). O
escritor paraibano tinha 87 anos.
Obras
Suassuna
escreveu ensaios, romances, dramaturgias e poemas. A maior parte de sua obra
está relacionada com os elementos nordestinos.
Assim,
Suassuna explora a fala regional e parte do folclore brasileiro. O escritor
possui uma vasta obra das quais merecem destaque:
· Uma Mulher Vestida de Sol (1947)
· Cantam as Harpas de Sião ou O Desertor
de Princesa (1948)
· Os Homens de Barro (1949)
· Auto de João da Cruz (1950)
· Torturas de um Coração (1951)
· O Castigo da Soberba (1953)
· O Rico Avarento (1954)
· Auto da Compadecida (1955)
· O Casamento Suspeitoso (1957)
· O Santo e a Porca (1957)
· O Homem da Vaca e o Poder da Fortuna
(1958)
· A Pena e a Lei (1959)
· Farsa da Boa Preguiça (1960)
· A Caseira e a Catarina (1961)
· O Romance d'A Pedra do Reino e o
Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (1971)
Frases
de Suassuna
· “Não
troco o meu oxente pelo ok de ninguém!”
· “Você
pode escrever sem erros ortográficos, mas ainda escrevendo com uma linguagem
coloquial.”
· “O
otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista
esperançoso.”
· “Arte pra
mim não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico. Arte pra mim é
missão, vocação e festa.”
· “O sonho
é que leva a gente para a frente. Se a gente for seguir a razão, fica
aquietado, acomodado.”
Leia
também:
· Literatura Brasileira Contemporânea
Arte
Moderna
Laura Aidar
Arte-educadora, fotógrafa e artista visual
A Arte Moderna é o conjunto de
expressões artísticas que surgiu na Europa no final do século XIX e perdurou
até meados do século XX.
Ela
abrange especialmente a arquitetura, a escultura, a literatura e a pintura.
No
Brasil, essa corrente artística se consolidou com a Semana da Arte Moderna que
ocorreu em 1922 no Teatro Municipal da cidade de São Paulo.
Considera-se
que a arte moderna teve seu declínio com o final da Segunda Guerra Mundial,
dando lugar a outras correntes artísticas da arte contemporânea ou pós-moderna.
A
tela Operários (1933), de Tarsila
do Amaral é um exemplo de obra modernista brasileira
Principais
Características da Arte Moderna
A arte
moderna tem como principal característica o rompimento com os padrões vigentes.
Tal aspecto se dá principalmente por conta de seu momento histórico.
Aconteceu
em um período de grandes conquistas tecnológicas (como o invento da fotografia
e do cinema), além da Revolução Industrial, a Primeira Guerra Mundial e
posteriormente a Segunda Guerra Mundial.
Assim,
a arte também se transforma e passa a exercer cada vez mais um papel
contestador, expressando de alguma forma as incertezas e dilemas da
contemporaneidade.
Essa
expressão artística transformou radicalmente o campo das artes ao quebrar com
os formalismos, atingindo inclusive as estruturas gramaticais no campo
literário.
Suas
principais características são:
· Rejeição ao academicismo
· Informalidade
· Liberdade de expressão
· Pontuação relativa
· Aproximação da linguagem popular e
coloquial
· Figuras deformadas e cenas sem lógica
· Abandono da representação das formas
de maneira realista
· Arbitrariedade no uso das cores
· Urbanismo
· Humor, irreverência
· Estranhamento
Veja também: Pintura Moderna
Principais
Artistas do Modernismo
Esse
foi um período de grande efervescência cultural em que muitos artistas puderam
se expressar de maneira totalmente inovadora.
Artistas
modernistas europeus
Veja alguns
grandes nomes das artes plásticas do período modernista na Europa.
· Wassily
Kandinsky (1866-1944)
· Pablo Picasso (1881-1973)
· Georges Braque (1882-1963)
· Edvard Munch (1863-1944)
· Henri Matisse (1869-1954)
· Piet Mondrian (1872-1974)
· Ernst Kirchner (1880-1938)
· Fernand Léger (1881-1955)
· Giorgio de Chirico (1888-1978)
· Salvador Dalí (1904-1989)
· Joan
Miró (1893-1983)
· Marc Chagall (1887-1985)
· Umberto Boccioni (1882-1916)
Artistas
modernistas brasileiros
Contagiados
pelas vanguardas europeias, os artistas no Brasil desenvolveram a sua arte de forma mais
ousada.
No
entanto, foram alvo de críticas dado o choque causado no público. Muitas
pessoas se sentiram ofendidas com as novas propostas.
Os
principais expoentes da arte moderna no país foram:
· Na Literatura:
Mário de Andrade (1893-1945), Oswald de Andrade (1890-1954), Menotti Del
Picchia (1892-1988), Plínio Salgado (1895-1975), Sérgio Milliet (1898-1966).
· Na Pintura e no Desenho: Anita Malfatti (1889-1964),
John Graz (1891-1980), Oswaldo Goeldi (1895-1961), Yan de Almeida Prado
(1898-1991), Tarsila do Amaral (1886-1973)
· Na Escultura:
Hildegardo Leão Veloso (1899-1966), Victor Brecheret (1894-1955) e Wilhelm
Haarberg (1891-1986).
· Na Arquitetura:
Georg Przyrembel (1885-1956).
Leia
também:
· Modernismo: tudo sobre o movimento na literatura e nas artes
· Movimentos artísticos mais importantes do século XX
Principais
Movimentos da Arte Moderna
Com o
objetivo de criar uma nova tendência artística, surgiram diversos movimentos na
Europa, dentre os quais destacamos:
Expressionismo
Cena de rua em Berlim (1913-15),
de Ernst Kirchner, expoente do expressionismo alemão
Esse
movimento artístico está entre os primeiros representantes das vanguardas
históricas e talvez, o primeiro a focar em aspectos subjetivos.
A
corrente acontece em contraposição ao movimento impressionista, que se ocupava
mais dos efeitos das luzes e cores.
Já no
expressionismo, a principal característica é a representação dos sentimentos e
das emoções, procurando expressar as angústias e o universo psicológico da
sociedade no início do século XX.
Fauvismo
A dança (1909), de Henri
Matisse, é um belo exemplo de pintura fauvista
As
principais características do movimento fauvista são o uso das cores puras e a
simplificação das formas.
Os
artistas criavam figuras apenas sugerindo as formas, sem representá-las de
maneira realista e usavam as tintas sem misturá-las e criar degradês.
Essa
corrente levou o nome de "fauvista" depois de uma exposição realizada
em Paris, em 1905. Os pintores foram chamados pela crítica de fauves, que em português quer
dizer "feras". Tal denominação veio por conta do uso intenso e
arbitrário das cores.
Veja também: Fauvismo
Cubismo
À esquerda, Viaduto de
Estaque (1928), de Georges Braque; à direita Les Demoiselles d'Avignon, de
Pablo Picasso
O
cubismo pode ser considerado o primeiro movimento artístico a se caracterizar
pela incorporação do imaginário urbano industrial em suas obras.
Caracterizava-se,
especialmente, pela geometrização das formas, modeladas basicamente por cubos e
cilindros.
Os
cubistas também procuravam retratar os objetos e pessoas em todos os seus
ângulos, como se esses estivem "abertos". Dessa forma, abandonam a noção
de perspectiva e terceira dimensão, tão buscada pelos pintores do renascimento.
Abstracionismo
Batalha (1910), de Kandinsky,
é um marco da arte abstrata
Na
arte abstrata, o que se destaca é a ausência de relação direta entre as formas
retratadas com as formas realistas de um ser ou objeto.
Aqui,
os artistas exploram as cores, formas, linhas, texturas, contrastes e outros
elementos não pictóricos.
Pode-se
considerar o artista russo Wassily Kandinsky um dos precursores da pintura
moderna abstrata.
Veja também: Abstracionismo
Futurismo
Carga dos Lanceiros (1915), de
Umberto Boccioni
O
futurismo nas artes plásticas foi um desdobramento de tendências na literatura
do início do século XX e teve bastante influência do Manifesto Futurista (1909), criado
pelo escritor Filippo Tommaso Marinetti.
Caracterizava-se
pela valorização do industrialismo, da aceleração e da tecnologia, que
superavam a velocidade do movimento natural. Tal movimento relaciona-se com a
revolução industrial que estava em curso.
Veja também: Futurismo
Surrealismo
e Dadaísmo
Persistência da Memória (1931),
de Salvador Dalí
Essas
vanguardas surgiram como reação ao racionalismo e materialismo da sociedade
ocidental e também como crítica à Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
No
caso do Dadaísmo, a escolha do nome foi feita através da abertura aleatória de
um dicionário e a palavra que surgiu foi dadá, que em francês significa "cavalo" em
linguagem infantil. A palavra pouco importava, pois em um mundo tomado pelo
irracionalismo da guerra, a arte também "perdia o sentido".
A
partir dessa linha artística, surgiu o Surrealismo, idealizado pelo escritor André
Breton (1896-1966). Essa forma de arte valorizava a fantasia, a loucura, o
universo onírico e o impulso dos artistas, dando vazão às manifestações do
inconsciente humano.
Concretismo
Móbile Pavão (1941), do americano
Alexander Calder
O Concretismo foi um movimento de vanguarda
que visava a criação de uma nova linguagem por meio de figuras geométricas. Os
artistas dessa corrente buscavam causar no público sensações de movimento ao
olhar para as obras.
Assim,
na literatura tinha como característica central a valorização do conteúdo
visual e sonoro. Já nas artes plásticas, destacou-se pelo uso de formas
abstratas.
Veja também: Arte Contemporânea
Vídeo
sobre Arte Moderna no Brasil
Exercícios
de Vestibular sobre Arte Moderna
1.
(Unifesp/2019)
Tal
movimento artístico floresceu em meados do século XX e baseava-se no imaginário
do consumismo e da cultura popular. Foi visto como uma reação ao expressionismo
abstrato, pois seus praticantes reintroduziram no repertório plástico imagens
figurativas e fizeram uso de temas banais.
(Ian Chilvers (org.). Dicionário Oxford de arte, 2007.
Adaptado.)
Uma
obra representativa do movimento artístico retratado no texto está reproduzida
em:
a)
Rene Magrite -
Variante da Tristeza
b)
Salvador Dalí -
Sonho causado pelo vôo de uma abelha ao redor de uma romã um segundo antes de
acordar
c)
Wassily
Kandinsky - Composição VIII
d)
Roy Lichtenstein - No
carro
e)
Jackson Pollock - Sem
título
Ver Resposta
Veja também: Pop Art
2.
(UEG/2017)
Picasso, Pablo. Guernica (1937)
Notícias
de Espanha
Aos
navios que regressam
marcados de negra viagem,
aos homens que neles voltam
com cicatrizes no corpo
ou de corpo mutilado,
peço notícias de Espanha.
[...]
Ninguém
as dá. O silêncio
sobe mil braças e fecha-se
entre as substâncias mais duras.
Hirto silêncio de muro,
de pano abafando boca,
de pedra esmagando ramos,
é seco e sujo silêncio
em que se escuta vazar
como no fundo da mina
um caldo grosso e vermelho.
[...]
cansado
de vã pergunta,
farto de contemplação,
quisera fazer do poema
não uma flor: uma bomba
e com essa bomba romper
o muro que envolve Espanha.
(ANDRADE,
Carlos Drummond)
Tanto
o poema quanto a pintura:
a)
constituem relatos de uma experiência vivida em campo de batalha.
b) tematizam aspectos ligados ao universo da fantasia e dos sonhos.
c) retratam cenas cujos referentes são os horrores da guerra.
d) revelam uma preocupação de cunho subjetivo e individualista.
e) denotam um desejo de escapismo e negação do real por parte do artista.
Ver Resposta
3.
(Unifor/2018)
Martins, Aldemir. Gato. 1988. 1
original de arte, serigrafia. 33,5 cm x 31,8 cm. Museu de Arte Moderna (São
Paulo)
A
pintura do artista brasileiro utiliza elementos de estética de uma das
Vanguardas Europeias, a saber o:
a)
realismo
b) surrealismo
c) cubismo
d) expressionismo
e) dadaísmo
Artes
cênicas
Laura Aidar
Arte-educadora, fotógrafa e artista visual
É
denominada arte cênica toda a produção performática realizada em um local
determinado e onde haja público espectador.
Esse
lugar pode ser tanto um palco italiano (em que a plateia fica de frente para a
apresentação), um palco de arena ou semiarena, um palco improvisado ou mesmo um
local público, como praças e ruas.
As
linguagens artísticas que compõem as artes cênicas são o teatro, a dança, circo
e ópera.
Como
é a formação do artista cênico?
A
pessoa que trabalha com qualquer tipo de arte cênica necessita ter grande
consciência corporal, pois é essa sua ferramenta de expressão artística.
Assim,
é por meio dos movimentos, entonação da voz, postura e atitude gestual que os
artistas comunicam-se com o público. Quem deseja se tornar esse tipo de
profissional deve ter entusiasmo e vigor para exercer variadas atividades.
Ator encenando peça em
Festival de Teatro de Rua de Porto Alegre
Importante
ressaltar que há outras funções dentro da área, como direção, montagem de
figurinos, produção, cenografia e dublagem. Além disso, quem se forma em artes
cênicas pode atuar também na televisão.
Há
quem exerça a profissão tendo formações em cursos livres. Entretanto, para
aqueles que desejam um preparo mais aprofundado existem cursos universitários.
Essas
faculdades oferecem opções em licenciatura, bacharelado e pós-graduação. Para
ingressar nelas é exigida uma prova de conhecimentos específicos.
As
diversas linguagens das artes cênicas
Alguns
gêneros distintos integram as artes cênicas. O mais conhecido é o da
dramaturgia, que abarca o teatro, televisão e cinema, sendo o enfoque dos
cursos de formação.
Entretanto,
as linguagens da dança, circo e ópera também são consideradas artes cênicas.
Teatro:
a arte de interpretar
O
teatro, como conhecemos, surgiu na Grécia Antiga por volta do séc VI a.C. Nessa
linguagem, os atores contam histórias para um público através da interpretação.
As vertentes
do teatro são: comédia, tragédia e drama. Em cada uma delas tem destaque um
tipo de emoção ou sentimento humano.
Leia
também: História do Teatro
Dança:
a arte do movimento
A
dança tem origem ainda na pré-história, quando as pessoas passaram a combinar
elementos sonoros com movimentos corporais.
Mais
tarde, na antiguidade, passou a ser utilizada como meio de celebração aos
deuses mitológicos.
A dança
pode ser feita seguindo uma coreografia, ou seja, um roteiro de movimentos
previamente preparado. Pode ser criada também no próprio ato, contando com a
improvisação.
Você
também pode se interessar: O
que é dança?
Circo:
múltiplas atrações em um espetáculo
A
linguagem circense reúne diversos profissionais em uma "trupe" que se
apresenta geralmente em estruturas circulares itinerantes.
Surgiu
em civilizações antigas, mas foi no Império Romano que se desenvolveu de
maneira parecida com o que temos hoje.
Dentre
as atrações apresentadas no circo estão: malabarismo, palhaçaria, trapézio,
contorcionismo, shows pirotécnicos e outros.
Aprofunde
seus conhecimentos: História
do Circo
Ópera:
a música e o teatro unidos
Na
ópera, o que se constrói são espetáculos que combinam o canto, poesia e
interpretação.Tem início na Itália no século XVII dentro do movimento chamado
barroco.
A
primeira peça que se tem notícias é Dafne,
de 1598, de Jacopo Peri e Ottavio Rinuccini. Mas antes a dupla já havia criado
outra obra, Eurídice,
apresentada apenas em 1601.
Esses
shows são bastante tradicionais e sofisticados, contando com ricos figurinos.
Geralmente
há uma orquestra ao vivo que realiza a trilha sonora, dando suporte e complementando
o espetáculo.
O que é
dança?
Laura Aidar
Arte-educadora,
fotógrafa e artista visual
A dança é
um tipo de manifestação artística que utiliza o corpo como instrumento
criativo.
Geralmente,
essa forma de expressão vem acompanhada por música. Entretanto, também é
possível dançar sem o apoio musical.
Na
dança, as pessoas realizam movimentos ritmados, seguindo uma cadência própria
ou coreografada, originando harmonias corporais.
História da dança
A
dança foi uma das primeiras demonstrações expressivas do ser humano. Surgiu
ainda na pré-história, como consequência de experimentações corporais, como
bater os pés no chão e bater palmas.
A
partir das descobertas de novos sons, ritmos e intensidades sonoras, as pessoas
foram combinando movimentos do corpo. São as chamadas danças primitivas.
Portanto,
é muito provável que a dança tenha surgido ao mesmo tempo que a música, também
como uma forma de comunicação. Além disso, estava bastante relacionada a
cerimônias ritualísticas e espirituais.
Há
registros de pinturas rupestres do período paleolítico que representam figuras
humanas realizando movimentos que foram interpretados como danças.
Pintura rupestre que representa
pessoas dançando
As danças
milenares são aquelas que ocorreram em civilizações da antiguidade,
como Índia, Egito, Grécia e Roma. Para esses povos, dançar tinha um caráter
sagrado e seu maior objetivo era reverenciar as divindades.
Já
na Idade Média, a dança não tinha tanto destaque devido à moralidade imposta
pela Igreja Católica. Nesse contexto, as manifestações corporais foram
consideradas profanas, ou seja, imorais. De qualquer forma, a população do
campo continuou exercendo as danças camponesas.
Pintura milenar representando a
dança no Egito e manuscrito exibindo a dança de camponeses no séc XV
No
renascimento, a dança retoma sua importância, sendo valorizada pela nobreza.
Nesse momento, ela torna-se mais complexa e surgem estudos e organizações de
modo a sistematizá-la; é quando surge o balé.
Depois,
aparece a dança moderna, um estilo mais livre e espontâneo, mais
relacionado com a vida real e cotidiana.
Essa
vertente ganhou impulso com o trabalho de uma bailarina norte-americana chamada
Isadora Duncan (1877-1927). Outro grande nome da dança moderna é a dançarina
Martha Graham (1894-1991), também nascida nos EUA.
À esquerda, Martha Graham, à
direita, Isadora Duncan - grandes responsáveis por transformar a dança
ocidental
Com
o tempo, outras maneiras de se expressar corporalmente foram criadas e hoje
temos a chamada dança contemporânea.
Nesse
estilo não existe uma estruturação clara, importando mais as ideias, conceitos
e emoções do que propriamente a estética.
Veja também: História da Dança no Brasil
Tipos de dança
Há
diversos tipos de danças e maneiras de dançar. Podemos classificar essa
expressão artística a partir de alguns critérios, a saber:
Forma |
Origem |
Finalidade |
Danças solo - quando o dançarino apresenta-se desacompanhado. |
Danças folclóricas - como Bumba meu boi, frevo, maracatu, carimbó. |
Dança performática - como o balé, dança contemporânea, sapateado,
flamenco, etc. |
Danças em dupla - danças de casais, como tango, samba, forró, valsa,
entre outras. |
Danças cerimoniais - como algumas danças circulares, danças indígenas,
etc. |
Dança social - como a dança de salão. |
Danças em grupo - quando várias pessoas compõem uma coreografia, como
nas danças circulares, sapateado, etc. |
Danças étnicas - quando são de um lugar específico. |
Dança religiosa - como a dança sufi. |
São
várias as vertentes da dança no mundo. Esse é um breve resumo sobre a dança no
Ocidente.
Para
saber mais sobre o assunto, leia:
·
Danças
Folclóricas no Brasil
·
Dança circular: origem,
benefícios e simbologia
·
Flamenco
·
Tango:
origem, características e artistas