terça-feira, 2 de maio de 2023

História do teatro

 

História do teatro

Arte-educadora, fotógrafa e artista visual

A história do teatro teve início na Grécia Antiga, em torno do século VI a.C.

Nessa época, eram realizados rituais em louvor ao deus mitológico Dionísio, divindade relacionada à fertilidade, vinho e diversão.

Assim, o teatro surge nesse contexto e em consequência dessas festas.

O teatro na pré-história

Apesar de ser um consenso que o teatro ocidental teve origem na Grécia Antiga, é importante frisar que essa manifestação já era presente na humanidade desde tempos remotos, mesmo que de forma rudimentar.

Na pré-história, os seres humanos possuíam maneiras distintas de comunicação, e a imitação era uma delas.

Muito provavelmente, os homens das cavernas desenvolveram gestos que se assemelhavam aos animais. Além disso, encenavam caçadas para contar aos seus pares como as situações ocorreram.

Assim como a dança, a música e o desenho, a linguagem teatral também teve sua importância na época pré-histórica.

O teatro na Grécia Antiga

As celebrações ao Deus Dionísio duravam vários dias e ocorriam na época da colheita, como forma de agradecimento pelo alimento e pelo vinho.

A participação dos cidadãos era intensa e havia uma espécie de procissão, que levava o nome de "ditirambo". Depois surgiu o "coro", um conjunto de pessoas que cantava e dançava homenageando Dionísio.

Até que aparece Téspis, uma figura de grande importância para o surgimento do teatro ocidental. Segundo consta, esse homem participava de um desses rituais quando, em dado momento, resolveu vestir uma máscara e dizer que ele era o próprio deus Dionísio, iniciando assim um diálogo com o "coro".

A ousadia de tal atitude fez com que Téspis fosse reconhecido como o "criador do teatro" e primeiro ator e produtor teatral.

Mais tarde, essa linguagem artística foi evoluindo e influenciou fortemente o teatro romano e outras culturas.

Do ponto de vista arquitetônico, a estrutura dos primeiros teatros era parecida. As apresentações eram feitas ao ar livre, em construções de formato semicirculares.

Havia um espaço para as representações, chamado de orquestra. O lugar para acomodar o público era a arquibancada, construída em encostas montanhosas, o que facilitava a acústica.

Já o palco era o local onde os atores se preparavam para a apresentação e guardavam os figurinos e objetos cenográficos.

teatro grego epidauroTeatro de Epidauro, datado do séc IV a.C., na Grécia. Ele acomodava cerca de 14 mil pessoas

Para complementar seus estudos, leia: Teatro Grego.

O teatro na Roma Antiga

O teatro romano teve enorme influência do teatro grego, assim como outras manifestações culturais desse povo. A cultura etrusca também foi um fator relevante para o desenvolvimento da arte teatral romana.

Entretanto, os romanos trouxeram algumas modificações nessa linguagem. A mais significativa delas é no que se refere à estrutura arquitetônica, que antes era feita em encostas de morros pelos gregos e depois passou a incorporar arcos e abóbodas pelos romanos.

Os temas e objetivos do teatro romano também se modificaram um pouco, com a valorização de mais entretenimento (como lutas de gladiadores e animais) e menos assuntos religiosos.

O teatro Medieval

Depois que o Império Romano declinou, teve início a Idade Média, que compreende os séculos V ao XV.

Na época medieval, durante muitos anos, a linguagem teatral foi banida na Europa. Isso porque era considerada pela Igreja Católica como uma atividade pecaminosa, ressurgindo apenas no século XII.

Assim, a finalidade do teatro medieval era a divulgação dos preceitos religiosos e histórias bíblicas, sendo encenado por membros do clero.

Para se aprofundar mais, leia: Teatro Medieval.

Surgimento do teatro no Brasil

No Brasil, a origem do teatro está relacionada à chegada dos jesuítas no século XVI e seu empenho em catequizar a população, tanto os índios quanto os colonos.

Dessa forma, os padres se utilizavam dessa expressão para transmitir ensinamentos da igreja católica.

Uma das pessoas mais notáveis nesse contexto foi o padre Anchieta, que dedicou-se fortemente ao chamado teatro de catequese.

Leia mais sobre o assunto: História do teatro no Brasil

O teatro na atualidade

Hoje em dia, essa maneira de se expressar artisticamente possui características bastante diferentes daquelas que a definiam nos primórdios.

cena de teatro na atualidadeCena de teatro em uma casa de espetáculos. Na imagem, encenação de Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto

A manifestação evoluiu ao longo da história, passando a ser apresentada também em locais fechados, o que acabou por restringir e elitizar seu público.

As formas de atuação se transformaram e o objetivo dos espetáculos também, sendo possível encontrar várias vertentes teatrais atualmente.

Curiosidade

Teatro é uma palavra que tem origem no termo grego theatron. Seu significado está relacionado a um conjunto de espetáculos teatrais e ao lugar onde essas apresentações ocorrem.

Para saber mais sobre temas relacionados, leia:

·    Teatro Renascentista

·    Teatro Realista

·    Artes cênicas: definição, gêneros e formação do artista

·    Commedia dell'arte

Referências Bibliográficas

História da Arte, de Graça Proença. Editora Ática

 

 

Teatro Grego

Laura Aidar

Laura Aidar

 

Arte-educadora, fotógrafa e artista visual

Teatro Grego foi uma manifestação artística muito importante no desenvolvimento da cultura grega. Além disso, serviu de influência e inspiração para outros povos da antiguidade, sobretudo, os romanos.

Vale lembrar que o termo teatro (theatron), do grego, significa “local onde se vê” ou “lugar para olhar”.

O teatro grego era formado por diversos elementos, cenários e figurinos. Além das da presença de júris, eles apresentavam músicas, danças e mímicas.

Para os gregos, ir ao teatro representava um grande acontecimento, que aos poucos, foi tomando conta da vida social dos habitantes.

como era o teatro gregoIlustração de como possivelmente era a apresentação de uma peça grega

Origem do Teatro Grego

O teatro grego teve início em Atenas, na Grécia, por volta de 550 a.C. e surgiu a partir das celebrações realizadas principalmente para o Deus Dionísio.

Essa era uma divindade da mitologia grega relacionada às festas, fertilidade e vinho.

Nas celebrações Dionisíacas, que duravam cerca de uma semana, as pessoas bebiam, cantavam e dançavam.

Com o passar do tempo, as festividades foram evoluindo em organização e elaboração, chegando ao que hoje conhecemos como o teatro com enredo, atores, plateia, encenações, etc.

Segundo consta, o primeiro homem a realizar uma encenação se chamava Téspis. Ele é considerado o primeiro ator e produtor teatral do Ocidente.

Inúmeros festivais de teatro fizeram parte da Grécia Antiga e eram apresentados durante o dia todo e muitos duravam vários dias.

Veja também: Mitologia Grega

Máscaras gregas

máscaras gregasAs máscaras do teatro grego possuíam diversas expressões faciais

As máscaras eram instrumentos essenciais no figurino dos atores, sendo muito utilizadas no teatro grego.

As mulheres não participavam das atuações, pois não eram consideradas cidadãs. Dessa forma, as máscaras, antes utilizadas como artefatos ritualísticos, podiam representar personagens de ambos os sexos.

Veja também: Grécia Antiga

Arquitetura do teatro grego

teatro gregoAntigo Teatro na Acrópole Grega, Atenas

A arquitetura dos teatros gregos possuía como característica marcante as construções ao ar livre, chamadas de teatros de arena.

Em forma de meia-lua, para uma melhor acústica, eles possuíam uma grande arquibancada para a plateia.

Na época clássica, diversos teatros foram construídos na Grécia. Merecem destaque o Teatro de Delfos e o Teatro de Dionísio.

Veja também: Arquitetura Grega

Gêneros do teatro na Grécia Antiga

Tragédia Grega

Do grego, o termo tragédia (tragoedia) é formado pelas palavras, “tragos” (bode) e “oidé”, (canção).

Seu significado é “canção ao bode”, pois nas celebrações a Dionísio (Canto ao Bode), um bode era sacrificado para oferenda e, além disso, os homens se vestiam de sátiros.

É o gênero teatral mais antigo de todos, que se baseava nas histórias trágicas e mitológicas, como o medo, a morte, o terror.

Ou seja, a tragédia é um gênero artístico que representa uma peça teatral (ou poema) com um final infeliz.

As tragédias gregas eram compostas geralmente por cinco atos. Uma das importantes características que a diferenciam da comédia eram os personagens.

Assim, na tragédia os personagens eram deuses, reis e heróis, enquanto na comédia eram homens comuns.

Os mais importantes dramaturgos gregos desse gênero foram: Ésquilo, Sófocles e Eurípides.

Vale lembrar que, diferente dos jurados nas Comédias, os júris das tragédias eram formados por cinco pessoas importantes da aristocracia.

Veja também: Tragédia Grega

Comédia Grega

Do Grego, o termo comédia (komoidia), significava um “espetáculo divertido”.

Trata-se, portanto, de um gênero teatral crítico baseado em sátiras, e que abordava diversos aspectos da sociedade grega de maneira cômica.

Vale lembrar que ela era considerada pelos clássicos como um gênero menor em relação à tragédia.

Os júris da comédia não eram aristocratas, como na tragédia. Dessa forma, eles eram formados por três pessoas da plateia.

Para o filósofo grego Aristóteles, a tragédia era um gênero maior, que representava os homens "superiores". Já a comédia representava os fatos cotidianos e, por isso, era apresentada por homens "inferiores", ou seja, os cidadãos da Pólis.

Dos dramaturgos desse gênero, destaca-se Aristófanes.

Veja também: Comédia Grega

Peças teatrais gregas

Muitas peças teatrais gregas são representadas até hoje por causa da influência que tiveram no mundo. São elas:

·    Édipo Rei, de Sófocles

·    Prometeu Acorrentado, de Ésquilo

·    As Troianas, de Eurípides

·    As Vespas, de Aristófanes

Veja também: Gênero Dramático

Teatro Romano

O teatro romano, assim como toda a cultura da Roma Antiga, sofreu grande influência do teatro grego, desenvolvendo-se também na época clássica.

Da mesma maneira, o teatro de Roma desempenhou um papel importante na sociedade, o qual influenciava a política e as crenças da população.

Dentre os dramaturgos romanos destacam-se Plauto, Terêncio e Menandro.

Veja também: Período Clássico

Curiosidade sobre o Teatro

máscaras artes cênicas

A máscara da Tragédia e da Comédia são elementos muito disseminados no teatro e se referem a sua origem e aos principais gêneros na Grécia Antiga.

Elas são utilizadas como símbolo das artes cênicas.

Você também pode se interessar:

·    História do Teatro: origem e evolução ao longo dos tempos

·    Arte Grega

Teatro Medieval

Daniela Diana

Daniela Diana

 

Professora licenciada em Letras

teatro medieval é aquele que foi produzido na era medieval (século V ao XV). Durante esse período, o teatro medieval pode ser classificado em duas vertentes:

·    o teatro sacro, relacionado aos temas religiosos;

·    o teatro profano, tal qual as farsas e os jograis, com os temas de caráter popular, cômico e moralizante.

Após a queda do Império Romano, a Igreja Católica controlava a vida dos cidadãos e o teatro foi considerado uma arte profana e satírica e, por esse motivo, foi banido pela Igreja até o século XII, quando ele começa a ressurgir na Europa.

Origem do teatro medieval

Teatro MedievalRepresentação de Teatro Medieval

O teatro medieval tem início a partir do século XII e permaneceu até o século XV, com a chegada do período renascentista.

Sua origem está relacionada com as celebrações realizadas a favor das festividades religiosas seja a páscoa, o natal, dentre outros.

Eram originalmente textos encenados pelos membros clericais após as missas ou procissões e tinham como temas as passagens bíblicas, os milagres, os mistérios, os sermões, os autos sacramentais, as biografias de santos e os dramas litúrgicos. Muitos deles eram apresentados em latim.

Essa característica está intimamente relacionada com o contexto histórico de dominação da Igreja Católica e do aspecto filosófico do medievo, donde o teocentrismo era o conceito chave, ou seja, Deus era o centro do mundo, ele que regia todo o universo.

Mais tarde que o teatro medieval foi se adaptando às mudanças e incluindo temas mais abrangentes, ou seja, com apresentações sobre a vida e os costumes dos seres humanos, os quais ofereciam um caráter didático e moralizante.

Diferentemente de sua origem, em que as breves encenações eram realizadas dentro das igrejas, o teatro medieval passou a ser desenvolvido nos ambientes públicos, por exemplo nas praças. Os personagens passaram a ser pessoas comuns e não somente membros do clero.

Além disso, inicialmente as peças eram breves e somente apresentavam passagens religiosas; já com o passar do tempo, o teatro medieval foi se aperfeiçoando e as encenações podiam ser apresentadas durante dias.

Saiba mais sobre o contexto histórico no artigo: Idade Média.

Principais Características: Resumo

Embora a era medieval seja um longo período da história (século V ao século XV) que foi aos poucos se modificando, as principais características do teatro medieval foram:

·    Tradição oral

·    Caráter popular

·    Espaço cênico: igrejas e praças

·    Temas sagrados e profanos

·    Usos de máscaras

·    Personagens alegóricos

·    União da dança, música e teatro

Exemplo de Teatro Medieval

Ainda que muitos textos medievais sejam orais e, portanto, foram perdidos com o passar do tempo, algumas peças desse período sobreviveram.

Assim, para compreender melhor a linguagem do teatro medieval, segue abaixo um trecho da peça popular escrita por volta do século XIII pelo dramaturgo francês Rutebeuf intitulada “O pregão das Ervas” (em francês “Le Dit de l'Herberie”)

Parte I

“Respeitáveis senhores, que me dais ouvidos
Grandes e pequenos, jovens ou vividos
Vós fostes pela sorte favorecidos
Pois ireis, agora, a verdade encontrar
Sabendo que este médico não vos pode enganar
Uma vez que por vós mesmos podeis comprovar
O poder destas ervas antes do fim
Vamos fazendo a roda em torno de mim
Sem ruído, em silêncio, é bem assim...
Eu, aqui, sou é pesquisador
E tenho servido a muito imperador
Até mesmo lá do Cairo, o senhor
Muito poderoso, ele faz questão
de me contratar todo verão
Pagando para mim um salariozão.”

Para ampliar seus conhecimentos sobre o tema:

·    História do Teatro

·    Cultura Medieval

·    Arte Medieval

·    Prosa Medieval

·    Teatro Grego

·    Texto Teatral

·    Linguagem Teatral

Veja também

Leitura Recomendada

 

 

 

Ariano Suassuna

Daniela Diana

Daniela Diana

 

Professora licenciada em Letras

Ariano Suassuna foi escritor e dramaturgo brasileiro, autor do Auto da Compadecida, considerada sua obra prima que foi adaptada para o cinema e televisão.

Além de escritor renomado e um dos maiores do Brasil, Ariano foi professor e idealizador do Movimento Armorial que valorizou as artes populares.

Nesse movimento, os artistas tinham o intuito de criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste.

Suassuna foi ocupante da cadeira nº 32 na Academia Brasileira de Letras (eleito em 1989). Também foi membro da Academia Pernambucana de Letras (a partir de 1993) e da Academia Paraibana de Letras (eleito em 2000).

Biografia

ariano suassuna

Ariano Vilar Suassuna nasceu em 16 de junho de 1927, na cidade de João Pessoa, Paraíba.

Nasceu no seio de uma família abastada, visto que seu pai, João Suassuna, era presidente do Estado, cargo que mais tarde passa a ser de governador.

Com o assassinato de seu pai em meio a Revolução de 30, a família muda-se para Taperoá e mais tarde para Campina Grande, ambas cidades na Paraíba.

Na adolescência foi viver no Recife, capital de Pernambuco. Ali, foi estudante do curso de Direito, na Universidade Federal de Pernambuco formando-se em 1950.

Durante seus anos na graduação, escreve sua primeira peça de teatro “Uma Mulher Vestida de Sol” e com ela recebeu o prêmio Nicolau Carlos Magno.

Ao lado de Hermilo Barbosa Filho funda o “Teatro do Estudante de Pernambuco”. Essa criação foi a chave para escrever mais peças, as quais foram encenadas no local.

Chegou a trabalhar na área de advocacia, no entanto, não deixou de lado sua paixão pela escrita. Assim, continuou escrevendo peças e romances.

Casou-se com Zélia de Andrade Lima Suassuna em 1957 e com ela teve seis filhos.

Casamento de Suassuna

Casamento de Ariano Suassuna e Zélia Suassuna

Suassuna como Professor

De volta ao Recife começou a lecionar “Estética” na Universidade Federal de Pernambuco, a partir de 1956.

Ainda nessa profissão continuou atuando na dramaturgia e três anos mais tarde funda o "Teatro Popular do Nordeste", também com o apoio de Hermilo Barbosa Filho.

Permaneceu atuando como professor durante anos e em 1994 aposentou-se pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Aula de Ariano Suassuna

Aula-espetáculo de Ariano Suassuna na abertura da Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto (2013)

Suassuna e o Movimento Armorial

Muitas de suas obras estiveram voltadas para a literatura popular.

Ligado a esses temas, Suassuna foi membro fundador do Conselho Federal de Cultura, cargo que ocupou de 1967 a 1973.

Paralelo à isso, fez parte do Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco entre os anos de 1968 e 1972.

De 1969 a 1974 atuou como diretor do Departamento de Extensão Cultural da UFPE.

A partir de 1970, encabeçou o “Movimento Armorial”, com foco nas expressões populares. A ideia central era trazer à tona o folclore e as artes populares e conceder um valor erudito aos temas.

Esse movimento inclui diversas manifestações artísticas como a música, a dança, as artes plásticas, a literatura, o teatro, o cinema, etc. Segundo ele:

Sou a favor da internacionalização da cultura, mas não acabando as peculiaridades locais e nacionais.”

Prêmios

Suassuna na ABL

Ariano Suassuna recebe o colar da escritora Rachel de Queirós na ABL (Academia Brasileira de Letras) em São Paulo.

Suassuna recebeu o Prêmio Nacional de Ficção em 1973 e o prêmio da Fundação Conrado Wessel (FCW) em 2008.

Pelo Auto da Compadecida ganhou medalha de ouro da Associação Brasileira de Críticos Teatrais.

Recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Também o recebeu das Universidades: Universidade Federal da Paraíba (2002); Universidade Federal Rural de Pernambuco (2005); Universidade de Passo Fundo (2005); e Universidade Federal do Ceará (2006).

Morte

Ariano Suassuna faleceu em 23 de julho de 2014, no Recife, Pernambuco, vítima de uma parada cardíaca.

Isso ocorreu depois de ter sido internado com um AVC (acidente vascular cerebral). O escritor paraibano tinha 87 anos.

Obras

Suassuna escreveu ensaios, romances, dramaturgias e poemas. A maior parte de sua obra está relacionada com os elementos nordestinos.

Assim, Suassuna explora a fala regional e parte do folclore brasileiro. O escritor possui uma vasta obra das quais merecem destaque:

·    Uma Mulher Vestida de Sol (1947)

·    Cantam as Harpas de Sião ou O Desertor de Princesa (1948)

·    Os Homens de Barro (1949)

·    Auto de João da Cruz (1950)

·    Torturas de um Coração (1951)

·    O Castigo da Soberba (1953)

·    O Rico Avarento (1954)

·    Auto da Compadecida (1955)

·    O Casamento Suspeitoso (1957)

·    O Santo e a Porca (1957)

·    O Homem da Vaca e o Poder da Fortuna (1958)

·    A Pena e a Lei (1959)

·    Farsa da Boa Preguiça (1960)

·    A Caseira e a Catarina (1961)

·    O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (1971)

Frases de Suassuna

·    Não troco o meu oxente pelo ok de ninguém!

·    Você pode escrever sem erros ortográficos, mas ainda escrevendo com uma linguagem coloquial.”

·    O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso.”

·    Arte pra mim não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico. Arte pra mim é missão, vocação e festa.”

·    O sonho é que leva a gente para a frente. Se a gente for seguir a razão, fica aquietado, acomodado.”

Leia também:

·    Literatura Brasileira Contemporânea

·    Terceira Geração Modernista

·    Literatura de Cordel

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Arte Moderna

Laura Aidar

Laura Aidar

 

Arte-educadora, fotógrafa e artista visual

Arte Moderna é o conjunto de expressões artísticas que surgiu na Europa no final do século XIX e perdurou até meados do século XX.

Ela abrange especialmente a arquitetura, a escultura, a literatura e a pintura.

No Brasil, essa corrente artística se consolidou com a Semana da Arte Moderna que ocorreu em 1922 no Teatro Municipal da cidade de São Paulo.

Considera-se que a arte moderna teve seu declínio com o final da Segunda Guerra Mundial, dando lugar a outras correntes artísticas da arte contemporânea ou pós-moderna.

operários tarsila do amaralA tela Operários (1933), de Tarsila do Amaral é um exemplo de obra modernista brasileira

Principais Características da Arte Moderna

A arte moderna tem como principal característica o rompimento com os padrões vigentes. Tal aspecto se dá principalmente por conta de seu momento histórico.

Aconteceu em um período de grandes conquistas tecnológicas (como o invento da fotografia e do cinema), além da Revolução Industrial, a Primeira Guerra Mundial e posteriormente a Segunda Guerra Mundial.

Assim, a arte também se transforma e passa a exercer cada vez mais um papel contestador, expressando de alguma forma as incertezas e dilemas da contemporaneidade.

Essa expressão artística transformou radicalmente o campo das artes ao quebrar com os formalismos, atingindo inclusive as estruturas gramaticais no campo literário.

Suas principais características são:

·    Rejeição ao academicismo

·    Informalidade

·    Liberdade de expressão

·    Pontuação relativa

·    Aproximação da linguagem popular e coloquial

·    Figuras deformadas e cenas sem lógica

·    Abandono da representação das formas de maneira realista

·    Arbitrariedade no uso das cores

·    Urbanismo

·    Humor, irreverência

·    Estranhamento

Veja também: Pintura Moderna

Principais Artistas do Modernismo

Esse foi um período de grande efervescência cultural em que muitos artistas puderam se expressar de maneira totalmente inovadora.

Artistas modernistas europeus

Veja alguns grandes nomes das artes plásticas do período modernista na Europa.

·    Wassily Kandinsky (1866-1944)

·    Pablo Picasso (1881-1973)

·    Georges Braque (1882-1963)

·    Edvard Munch (1863-1944)

·    Henri Matisse (1869-1954)

·    Piet Mondrian (1872-1974)

·    Ernst Kirchner (1880-1938)

·    Fernand Léger (1881-1955)

·    Giorgio de Chirico (1888-1978)

·    Salvador Dalí (1904-1989)

·    Joan Miró (1893-1983)

·    Marc Chagall (1887-1985)

·    Umberto Boccioni (1882-1916)

Artistas modernistas brasileiros

Contagiados pelas vanguardas europeias, os artistas no Brasil desenvolveram a sua arte de forma mais ousada.

No entanto, foram alvo de críticas dado o choque causado no público. Muitas pessoas se sentiram ofendidas com as novas propostas.

Os principais expoentes da arte moderna no país foram:

·    Na Literatura: Mário de Andrade (1893-1945), Oswald de Andrade (1890-1954), Menotti Del Picchia (1892-1988), Plínio Salgado (1895-1975), Sérgio Milliet (1898-1966).

·    Na Pintura e no DesenhoAnita Malfatti (1889-1964), John Graz (1891-1980), Oswaldo Goeldi (1895-1961), Yan de Almeida Prado (1898-1991), Tarsila do Amaral (1886-1973)

·    Na Escultura: Hildegardo Leão Veloso (1899-1966), Victor Brecheret (1894-1955) e Wilhelm Haarberg (1891-1986).

·    Na Arquitetura: Georg Przyrembel (1885-1956).

Leia também:

·    Modernismo no Brasil

·    Semana de Arte Moderna

·    Modernismo: tudo sobre o movimento na literatura e nas artes

·    Movimentos artísticos mais importantes do século XX

Principais Movimentos da Arte Moderna

Com o objetivo de criar uma nova tendência artística, surgiram diversos movimentos na Europa, dentre os quais destacamos:

Expressionismo

cena de rua em berlimCena de rua em Berlim (1913-15), de Ernst Kirchner, expoente do expressionismo alemão

Esse movimento artístico está entre os primeiros representantes das vanguardas históricas e talvez, o primeiro a focar em aspectos subjetivos.

A corrente acontece em contraposição ao movimento impressionista, que se ocupava mais dos efeitos das luzes e cores.

Já no expressionismo, a principal característica é a representação dos sentimentos e das emoções, procurando expressar as angústias e o universo psicológico da sociedade no início do século XX.

Fauvismo

a dança matisseA dança (1909), de Henri Matisse, é um belo exemplo de pintura fauvista

As principais características do movimento fauvista são o uso das cores puras e a simplificação das formas.

Os artistas criavam figuras apenas sugerindo as formas, sem representá-las de maneira realista e usavam as tintas sem misturá-las e criar degradês.

Essa corrente levou o nome de "fauvista" depois de uma exposição realizada em Paris, em 1905. Os pintores foram chamados pela crítica de fauves, que em português quer dizer "feras". Tal denominação veio por conta do uso intenso e arbitrário das cores.

Veja também: Fauvismo

Cubismo

cubismoÀ esquerda, Viaduto de Estaque (1928), de Georges Braque; à direita Les Demoiselles d'Avignon, de Pablo Picasso

O cubismo pode ser considerado o primeiro movimento artístico a se caracterizar pela incorporação do imaginário urbano industrial em suas obras.

Caracterizava-se, especialmente, pela geometrização das formas, modeladas basicamente por cubos e cilindros.

Os cubistas também procuravam retratar os objetos e pessoas em todos os seus ângulos, como se esses estivem "abertos". Dessa forma, abandonam a noção de perspectiva e terceira dimensão, tão buscada pelos pintores do renascimento.

Abstracionismo

batalha kandinskyBatalha (1910), de Kandinsky, é um marco da arte abstrata

Na arte abstrata, o que se destaca é a ausência de relação direta entre as formas retratadas com as formas realistas de um ser ou objeto.

Aqui, os artistas exploram as cores, formas, linhas, texturas, contrastes e outros elementos não pictóricos.

Pode-se considerar o artista russo Wassily Kandinsky um dos precursores da pintura moderna abstrata.

Veja também: Abstracionismo

Futurismo

futurismoCarga dos Lanceiros (1915), de Umberto Boccioni

O futurismo nas artes plásticas foi um desdobramento de tendências na literatura do início do século XX e teve bastante influência do Manifesto Futurista (1909), criado pelo escritor Filippo Tommaso Marinetti.

Caracterizava-se pela valorização do industrialismo, da aceleração e da tecnologia, que superavam a velocidade do movimento natural. Tal movimento relaciona-se com a revolução industrial que estava em curso.

Veja também: Futurismo

Surrealismo e Dadaísmo

a persistência da memóriaPersistência da Memória (1931), de Salvador Dalí

Essas vanguardas surgiram como reação ao racionalismo e materialismo da sociedade ocidental e também como crítica à Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

No caso do Dadaísmo, a escolha do nome foi feita através da abertura aleatória de um dicionário e a palavra que surgiu foi dadá, que em francês significa "cavalo" em linguagem infantil. A palavra pouco importava, pois em um mundo tomado pelo irracionalismo da guerra, a arte também "perdia o sentido".

A partir dessa linha artística, surgiu o Surrealismo, idealizado pelo escritor André Breton (1896-1966). Essa forma de arte valorizava a fantasia, a loucura, o universo onírico e o impulso dos artistas, dando vazão às manifestações do inconsciente humano.

Concretismo

calder concretismoMóbile Pavão (1941), do americano Alexander Calder

Concretismo foi um movimento de vanguarda que visava a criação de uma nova linguagem por meio de figuras geométricas. Os artistas dessa corrente buscavam causar no público sensações de movimento ao olhar para as obras.

Assim, na literatura tinha como característica central a valorização do conteúdo visual e sonoro. Já nas artes plásticas, destacou-se pelo uso de formas abstratas.

Veja também: Arte Contemporânea

Vídeo sobre Arte Moderna no Brasil

Arte moderna no Brasil

Exercícios de Vestibular sobre Arte Moderna

1. (Unifesp/2019)

Tal movimento artístico floresceu em meados do século XX e baseava-se no imaginário do consumismo e da cultura popular. Foi visto como uma reação ao expressionismo abstrato, pois seus praticantes reintroduziram no repertório plástico imagens figurativas e fizeram uso de temas banais.

(Ian Chilvers (org.). Dicionário Oxford de arte, 2007. Adaptado.)

Uma obra representativa do movimento artístico retratado no texto está reproduzida em:

a)

magritteRene Magrite - Variante da Tristeza

b)

salvador dalíSalvador Dalí - Sonho causado pelo vôo de uma abelha ao redor de uma romã um segundo antes de acordar

c)

abstracionismoWassily Kandinsky - Composição VIII

d)

pop artRoy Lichtenstein - No carro

e)

pollockJackson Pollock - Sem título

Ver Resposta

Veja também: Pop Art

2. (UEG/2017)

guernicaPicasso, Pablo. Guernica (1937)

Notícias de Espanha

Aos navios que regressam
marcados de negra viagem,
aos homens que neles voltam
com cicatrizes no corpo
ou de corpo mutilado,
peço notícias de Espanha.

[...]

Ninguém as dá. O silêncio
sobe mil braças e fecha-se
entre as substâncias mais duras.
Hirto silêncio de muro,
de pano abafando boca,
de pedra esmagando ramos,
é seco e sujo silêncio
em que se escuta vazar
como no fundo da mina
um caldo grosso e vermelho.

[...]

cansado de vã pergunta,
farto de contemplação,
quisera fazer do poema
não uma flor: uma bomba
e com essa bomba romper
o muro que envolve Espanha.
(ANDRADE, Carlos Drummond)

Tanto o poema quanto a pintura:

a) constituem relatos de uma experiência vivida em campo de batalha.
b) tematizam aspectos ligados ao universo da fantasia e dos sonhos.
c) retratam cenas cujos referentes são os horrores da guerra.
d) revelam uma preocupação de cunho subjetivo e individualista.
e) denotam um desejo de escapismo e negação do real por parte do artista.

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3. (Unifor/2018)

gatoMartins, Aldemir. Gato. 1988. 1 original de arte, serigrafia. 33,5 cm x 31,8 cm. Museu de Arte Moderna (São Paulo)

A pintura do artista brasileiro utiliza elementos de estética de uma das Vanguardas Europeias, a saber o:

a) realismo
b) surrealismo
c) cubismo
d) expressionismo
e) dadaísmo

 

 

 

 

 

 

 

Artes cênicas

Laura Aidar

Laura Aidar

 

Arte-educadora, fotógrafa e artista visual

É denominada arte cênica toda a produção performática realizada em um local determinado e onde haja público espectador.

Esse lugar pode ser tanto um palco italiano (em que a plateia fica de frente para a apresentação), um palco de arena ou semiarena, um palco improvisado ou mesmo um local público, como praças e ruas.

As linguagens artísticas que compõem as artes cênicas são o teatro, a dança, circo e ópera.

Como é a formação do artista cênico?

A pessoa que trabalha com qualquer tipo de arte cênica necessita ter grande consciência corporal, pois é essa sua ferramenta de expressão artística.

Assim, é por meio dos movimentos, entonação da voz, postura e atitude gestual que os artistas comunicam-se com o público. Quem deseja se tornar esse tipo de profissional deve ter entusiasmo e vigor para exercer variadas atividades.

teatroAtor encenando peça em Festival de Teatro de Rua de Porto Alegre

Importante ressaltar que há outras funções dentro da área, como direção, montagem de figurinos, produção, cenografia e dublagem. Além disso, quem se forma em artes cênicas pode atuar também na televisão.

Há quem exerça a profissão tendo formações em cursos livres. Entretanto, para aqueles que desejam um preparo mais aprofundado existem cursos universitários.

Essas faculdades oferecem opções em licenciatura, bacharelado e pós-graduação. Para ingressar nelas é exigida uma prova de conhecimentos específicos.

As diversas linguagens das artes cênicas

Alguns gêneros distintos integram as artes cênicas. O mais conhecido é o da dramaturgia, que abarca o teatro, televisão e cinema, sendo o enfoque dos cursos de formação.

Entretanto, as linguagens da dança, circo e ópera também são consideradas artes cênicas.

Teatro: a arte de interpretar

O teatro, como conhecemos, surgiu na Grécia Antiga por volta do séc VI a.C. Nessa linguagem, os atores contam histórias para um público através da interpretação.

As vertentes do teatro são: comédia, tragédia e drama. Em cada uma delas tem destaque um tipo de emoção ou sentimento humano.

Leia tambémHistória do Teatro

Dança: a arte do movimento

A dança tem origem ainda na pré-história, quando as pessoas passaram a combinar elementos sonoros com movimentos corporais.

Mais tarde, na antiguidade, passou a ser utilizada como meio de celebração aos deuses mitológicos.

A dança pode ser feita seguindo uma coreografia, ou seja, um roteiro de movimentos previamente preparado. Pode ser criada também no próprio ato, contando com a improvisação.

Você também pode se interessar: O que é dança?

Circo: múltiplas atrações em um espetáculo

A linguagem circense reúne diversos profissionais em uma "trupe" que se apresenta geralmente em estruturas circulares itinerantes.

Surgiu em civilizações antigas, mas foi no Império Romano que se desenvolveu de maneira parecida com o que temos hoje.

Dentre as atrações apresentadas no circo estão: malabarismo, palhaçaria, trapézio, contorcionismo, shows pirotécnicos e outros.

Aprofunde seus conhecimentosHistória do Circo

Ópera: a música e o teatro unidos

Na ópera, o que se constrói são espetáculos que combinam o canto, poesia e interpretação.Tem início na Itália no século XVII dentro do movimento chamado barroco.

A primeira peça que se tem notícias é Dafne, de 1598, de Jacopo Peri e Ottavio Rinuccini. Mas antes a dupla já havia criado outra obra, Eurídice, apresentada apenas em 1601.

Esses shows são bastante tradicionais e sofisticados, contando com ricos figurinos.

Geralmente há uma orquestra ao vivo que realiza a trilha sonora, dando suporte e complementando o espetáculo.

 

 

 

 

 

O que é dança?

Laura Aidar

Laura Aidar

 

Arte-educadora, fotógrafa e artista visual

dança é um tipo de manifestação artística que utiliza o corpo como instrumento criativo.

Geralmente, essa forma de expressão vem acompanhada por música. Entretanto, também é possível dançar sem o apoio musical.

Na dança, as pessoas realizam movimentos ritmados, seguindo uma cadência própria ou coreografada, originando harmonias corporais.

História da dança

A dança foi uma das primeiras demonstrações expressivas do ser humano. Surgiu ainda na pré-história, como consequência de experimentações corporais, como bater os pés no chão e bater palmas.

A partir das descobertas de novos sons, ritmos e intensidades sonoras, as pessoas foram combinando movimentos do corpo. São as chamadas danças primitivas.

Portanto, é muito provável que a dança tenha surgido ao mesmo tempo que a música, também como uma forma de comunicação. Além disso, estava bastante relacionada a cerimônias ritualísticas e espirituais.

Há registros de pinturas rupestres do período paleolítico que representam figuras humanas realizando movimentos que foram interpretados como danças.

dança na pré históriaPintura rupestre que representa pessoas dançando

As danças milenares são aquelas que ocorreram em civilizações da antiguidade, como Índia, Egito, Grécia e Roma. Para esses povos, dançar tinha um caráter sagrado e seu maior objetivo era reverenciar as divindades.

Já na Idade Média, a dança não tinha tanto destaque devido à moralidade imposta pela Igreja Católica. Nesse contexto, as manifestações corporais foram consideradas profanas, ou seja, imorais. De qualquer forma, a população do campo continuou exercendo as danças camponesas.

dança milenarPintura milenar representando a dança no Egito e manuscrito exibindo a dança de camponeses no séc XV

No renascimento, a dança retoma sua importância, sendo valorizada pela nobreza. Nesse momento, ela torna-se mais complexa e surgem estudos e organizações de modo a sistematizá-la; é quando surge o balé.

Depois, aparece a dança moderna, um estilo mais livre e espontâneo, mais relacionado com a vida real e cotidiana.

Essa vertente ganhou impulso com o trabalho de uma bailarina norte-americana chamada Isadora Duncan (1877-1927). Outro grande nome da dança moderna é a dançarina Martha Graham (1894-1991), também nascida nos EUA.

isadora duncan e martha grahamÀ esquerda, Martha Graham, à direita, Isadora Duncan - grandes responsáveis por transformar a dança ocidental

Com o tempo, outras maneiras de se expressar corporalmente foram criadas e hoje temos a chamada dança contemporânea.

Nesse estilo não existe uma estruturação clara, importando mais as ideias, conceitos e emoções do que propriamente a estética.

Veja também: História da Dança no Brasil

Tipos de dança

Há diversos tipos de danças e maneiras de dançar. Podemos classificar essa expressão artística a partir de alguns critérios, a saber:

Forma

Origem

Finalidade

Danças solo - quando o dançarino apresenta-se desacompanhado.

Danças folclóricas - como Bumba meu boi, frevo, maracatu, carimbó.

Dança performática - como o balé, dança contemporânea, sapateado, flamenco, etc.

Danças em dupla - danças de casais, como tango, samba, forró, valsa, entre outras.

Danças cerimoniais - como algumas danças circulares, danças indígenas, etc.

Dança social - como a dança de salão.

Danças em grupo - quando várias pessoas compõem uma coreografia, como nas danças circulares, sapateado, etc.

Danças étnicas - quando são de um lugar específico.

Dança religiosa - como a dança sufi.

São várias as vertentes da dança no mundo. Esse é um breve resumo sobre a dança no Ocidente.

Para saber mais sobre o assunto, leia:

·    História da dança

·    Danças Folclóricas no Brasil

·    Danças Africanas

·    Dança circular: origem, benefícios e simbologia

·    Flamenco

·    Tango: origem, características e artistas